vida vs. morte ou vida e morte ou vida ou morte
o que pensamos quando surgimos? será que pensamos em alguma coisa? quando é que surgimos? quando passamos a ter uma existência? quando é que começamos a pensar? quando é que começamos a tomar consciência do mundo, dos outros, de nós mesmos e do que nos espera?
será que já temos consciência de alguma coisa quando estamos no conforto da barriga da mãe? faz sentido pensar que sim... mas por outro lado, não temos recordações nenhumas desse tempo...
será que pensamos alguma coisa?
ou será que só começamos a pensar quando entramos naquela idade dos porquês?
eu sei quando me apercebi destas questões metafísicas e não foi nem na barriga da minha mãe nem quando saí dela. foi mais tarde, muito mais tarde. naquela altura em que já não tinha mais questões a fazer e o meu eu resolveu começar a preocupar-se com coisas que não estão no seu alcance resolver.
foi aí que comecei a pensar na vida, de como ela surge e de como ela desaparece sem que ninguém a consiga impedir.
se há certeza no mundo é a de que, mais tarde ou mais cedo, vamos morrer.
se há certeza é a de que não vamos ter existência, pelo menos física.
e depois?
o que há depois?
o que nos espera? o nada? o silêncio? a não existência?
e o que tínhamos antes? a não existência? o silêncio? o nada?
será que pensamos alguma coisa quando estamos para voltar à não existência?
e que será que pensamos quando alguém nos diz que estamos prestes a lá chegar?
que será que sentimos? que será que se passa no nosso corpo? será que sentimos uma vontade quase incontrolável de irmos de vez? de deixarmos de ser logo? será que sentimos dor? será que sentimos alívio? será que choramos? será que morremos? será que nascemos? será que surge em nós aquele impulso primário de sobreviver? de contrariar o óbvio?
vida vs. morte.
porque são diferentes e distintas. porque são opostas.
vida e morte.
porque se implicam. porque não há uma sem a outra.
vida ou morte.
porque ou se vive ou se morre. e ponto final.
2 razões
...Nada se perde, tudo se transforma...
Na vida as dicotomias são constantes, tal como quando se ganha ou se perde, quando se está feliz ou está triste...mas porquê, eis a questão!
Mas pior do que tudo isso é quando passamos o tempo a tentar explicar o que nos transcende e o que nos faz viver!
Com isto tudo apenas te quero dizer que neste jogo dicotómico sempre se ganha sempre se perde...nem que seja mais vontade de viver lutando para se ser feliz!
Força
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