sexta-feira

sr engenheiro chamado à recepção

sim, é mesmo para ti.
quando vamos aquele almoço?
estou com saudadinhas.
e apetece-me rir. como só rio contigo.
bora lá?

vozes

Autumn leaves falling like memories stalling in your head
This pain you’re feeling, your way of dealing with the past
It’s complicated, he lead you on and then he let you down

Don’t let it break your heart
Don’t let it break your heart
Don’t let it tear you apart,
just bruises and scars they heal

Some of these guys they wanna paint a target on your head
Love you all up and leave you dying left for dead
But then somebody will play the right song and you’ll dance again

So Don’t let it break your heart
Don’t let it break your heart
Don’t let tear you apart,
just bruises and scars they heal

Don’t let it break your heart

And the computer adds up the numbers and it says
If you’re so lonely why don’t you find somebody else
Not complicated, it’s kind of simple it’s just one on one

Don’t let it break your heart
Don’t let it break your heart
Don’t let tear you apart,
just bruises and scars they heal

So Don’t let it break your heart
Don’t let it break your heart
Don’t let it break your heart






[the devlins]



como é que uma única música pode encerrar tantas vozes?
como é que nesta letra consigo ouvir tanta gente?
como é que esta música não é uma música, mas sim vários conselhos. todos vagos, todos simples, todos demasiadamente simples para serem verdadeiros.
como as palavras que me dizem. como as palavras que me disseste ainda agora.
se fosse tudo assim tão simples, eu não estaria aqui, agora. não assim.
como é que palavras tão breves magoam tanto?
como?

hora de dormir

nunca mais chega...
desde que me levantei tenho andado com a sensação de que tenho que voltar para a cama, para o quentinho, para o sono. lá tudo é mais fácil. lá tudo faz algum sentido. lá sempre consigo estar bem.
enquanto conduzia, hoje de manhã, senti-me a fraquejar. a ceder.
e o resto do dia tem corrido do mesmo modo. sem forças. sem vontade. sem razões.

terça-feira

come on closer

Come on closer
I wanna show you
What I’d like to do
You sit back now
Just relax now
I’ll take care of you

Hot temptations
Sweet sensations
Infiltrating through
Sweet sensations
Hot temptations
Coming over you

Gonna take it slow babe
Do it my way
Keep your eyes on me
Your reaction
To my action
Is what I want to see

Rhythmic motion
Raw emotion
Infiltrating through
Sweet sensations
Hot temptations
Coming over you

And now you’re satisfied
A twinkle in your eye
Go to sleep for ten
And anticipating
I will be waiting
For you to wake again

Hot temptations
Sweet sensations
Infiltrating through
Sweet sensations
Hot temptations
Coming over you
[When you wake up we’ll
do it all again]
[When you wake up]
[When you wake up we’ll
do it all again]
[When you wake up]

Hour after hour
of sweet pleasure
After this I guarantee
you’ll never wanna leave
Shut your eyes and think about what I’m about to do
Sit back relax I’ll take my time
this lovin’s all for you


[jem, come on closer]



às vezes faz falta alguém que nos diga o que fazer. alguém que nos prenda (no bom sentido da expressão). alguém que nos faça sorrir.

quarta-feira

i just want to say that i could never forget the way you told me everything
by saying nothing...

terça-feira

a straight story

“o que é o que sinto por ti.
Segue-se uma definição…

É sentir que na última mensagem te perdi mais um pouco, e por causa disso não vou voltar a adormecer.
É estar sozinho e ver que é a tua falta que sinto.
É sair à noite e tudo parecer silêncio e escuridão e memórias.
É adormecer pensando no que te vou dizer amanhã e acordar pensando no que dissemos no dia anterior.
É ver-te mil vezes por dia na cara das pessoas que passam por mim na rua.
É ficar a sentir que já nada vale a pena quando ficamos mais distantes.
É ouvir o refrão: It’s such a perfect day / I’m glad I spent it with you… e só surgirem memórias tuas.
É associar-te às pequenas coisas de cada dia.
É querer a tua atenção.
É revelar-me, ficar sem defesas, odiar-me por isso, e continuar a fazê-lo.
É saber que por ti mudaria a minha vida.
É ver o título do suplemento do jornal: Amar Para Sempre… e saber que o artigo não me poderá ensinar nada.
É morrer por dentro por não te falar.
É devorar ciclicamente tudo o que me escreveste.
É ter uma só mensagem guardada no telemóvel, e ter meses, e ser tua.
É pensar em ti em cada beijo que dou.
É revelar-me a ti mais do que a qualquer outra pessoa.
É sentir que me mudaste.
É ter os olhos sempre à beira da tempestade, perante os desencontros.
É apegar-me a objectos por demais insignificantes.
É ter medo de me dar demais, e por isso só fazer disparates.
É ter medo de já me ter dado demais, e por isso fazer disparates ainda maiores.
É ter ainda tão presente a memória do primeiro abraço.
É pressentir que não voltarei a amar assim.
É ter vontade de dizer Amo-te no final de cada frase.
É evitar dizer Amo-te para que não penses erradamente que é uma rotina.
É ver o mail vinte vezes por dia, mesmo que haja um milhão de coisas para fazer.
É “escrever-te” nas costas de uma fotocópia, num talão de Multibanco, num bilhete de comboio.
É querer falar com amigos, só pelo prazer de dizer: Sim, amo-a.
É uma tarde passada à beira-Tejo, finalmente sozinho com as tuas memórias.
É o abraço na varanda do anfiteatro de Direito.
É um café tomado no Sta. Cruz e a súbita memória doce de outra noite.
É querer-te.
É a saudade de te ter a olhar nos meus olhos.
É um sorriso estúpido indisfarçável e incontrolável.
É uma mensagem com um pretexto ridículo, só para dizer: Estou aqui.
É ter “medo” de te falar, porque escrevendo me abro muito mais.
É sentir que “perdendo-te” me perderei também.
É olhar para o telemóvel de cinco em cinco minutos.
É fechar os olhos a cada toque de nova mensagem, e abri-los esperando ver o teu nome.
É não saber se algum dia me acomodarei à sensação de não poder estar sem ti,
É odiar-me por por vezes querer mais do que aquilo que me queres dar (descubro que o I’ll Take The Rain é uma treta)
É não querer exigir-te o que quer que seja (descubro que o I’ll Take The Rain faz todo o sentido).
É nascer de novo de cada vez que te ris.”















uma simples carta. daquelas que se têm de ler mil vezes. e mais uma. uma carta que nos faz sonhar. que nos faz querer sentir assim. uma carta que exalta o amor.
uma simples carta.
e não interessa de quem nem para quem. ela é quase universal.
ela é tua, minha, dela, dele, nossa, vossa...